segunda-feira, 27 de agosto de 2012







                                     ENSEADA

Retenho a força anímica dos teus olhos
Enseada onde aporto minhas memórias esparsas
E me entrego à deriva, aos pensamentos sem velas e bússolas



Na proa das minhas incertezas, algo resiste, persiste
E teus olhos novamente me prendem tal qual força sobre-humana
Desconsertam-me e minhas verdades são então refutadas, rendidas

E assim adentro o mar aberto das lembranças
Despida de todas as minhas pórticas certezas, da minha vaga noção de realidade
Surjo absolutamente cativa, e tudo o mais é nada diante dessa força anímica

Enseada de doce miragem
Que tudo possa ser, quiçá...

infini aussi longtemps qu’il durera !

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