domingo, 15 de julho de 2012


TEMPO, TEMPUS


Tempo, Tempus

O que rege as manhãs

Esse gosto de anis

Que eterniza as paisagens e o pássaro que nunca esqueci

 
 
Tempo, tempus

Adversário cordato

Que navega a nosso malgrado

À deriva do coração





Tempo, tempus,

Que aprisiona meu pensamento [ onde já não mais posso estar]

Feito ardil bem tramado

De um sentimento descompassado





Tempo, tempus,

Que guarda os semblantes e fatos inacabados

O que outrora descumpriu o pacto

Revigorando lembranças adormecidas



Tempo, tempus

Ainda quando me submete ao crivo da razão

 Frente às memórias despertas

Não me deixa escolhas sensatas às mãos




Tempo, tempus

Se o pendor de tua atuação

É prender-me no labirinto de lembranças enternecidas

Posto-me rendida então


O pássaro errante voa livre e desperto

A loucura não foi em vão.

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