TEMPO, TEMPUS
Tempo,
Tempus
O que rege
as manhãs
Esse gosto
de anis
Que eterniza
as paisagens e o pássaro que nunca esqueci
Tempo,
tempus
Adversário
cordato
Que navega a
nosso malgrado
À deriva do
coração
Tempo,
tempus,
Que
aprisiona meu pensamento [ onde já não mais posso estar]
Feito ardil
bem tramado
De um
sentimento descompassado
Tempo,
tempus,
Que guarda
os semblantes e fatos inacabados
O que
outrora descumpriu o pacto
Revigorando
lembranças adormecidas
Tempo,
tempus
Ainda quando
me submete ao crivo da razão
Frente às memórias despertas
Não me deixa
escolhas sensatas às mãos
Tempo,
tempus
Se o pendor
de tua atuação
É prender-me
no labirinto de lembranças enternecidas
Posto-me
rendida então
O pássaro
errante voa livre e desperto
A loucura
não foi em vão.
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